Relatório Aponta Desafios Críticos em Goiânia: Educação, Saúde e Obras Paradas Sob Alerta - Jornal Momento Goiás
7 de dezembro de 2024

Relatório Aponta Desafios Críticos em Goiânia: Educação, Saúde e Obras Paradas Sob Alerta

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Um relatório recente revela os principais desafios que a cidade de Goiânia enfrentará nos próximos anos, especialmente nas áreas de educação, saúde e infraestrutura. O documento destaca problemas graves que exigirão ações urgentes do futuro prefeito para garantir o bem-estar da população e a sustentabilidade das finanças públicas.

Crise na Educação Um dos pontos mais preocupantes é o déficit de vagas na educação infantil. Cerca de 10 mil crianças estão fora das creches e outras 8 mil não têm acesso à pré-escola, afetando diretamente o desenvolvimento infantil e a inclusão social. Além disso, o monitoramento do Plano Municipal de Educação (PME) está desatualizado, com o último relatório datando de 2021. O próximo gestor deverá atualizar esses dados para garantir que as metas educacionais sejam cumpridas.

Saúde em Alerta Na área da saúde, o relatório revela que a cobertura da atenção básica está em apenas 54,5%, muito abaixo da meta estadual de 72%. Essa baixa cobertura compromete o acesso da população a serviços preventivos, aumentando a demanda por internações que poderiam ser evitadas com cuidados primários. Além disso, há necessidade de melhorar a infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e regularizar o fluxo de repasses financeiros ao SUS, que tem enfrentado dificuldades com atrasos nos pagamentos.

Infraestrutura e Mobilidade Outro ponto crítico abordado no relatório é a paralisação das obras do BRT Norte-Sul. O trecho 1 da obra está parado há anos, e as negociações para a retomada com a Caixa Econômica Federal estão em andamento, mas sem conclusão. A conclusão dessas obras é fundamental para melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida dos moradores.

Problemas Financeiros O relatório também traz um alerta sobre o crescimento das despesas com pessoal, que já atingem 49,84% da Receita Corrente Líquida, próximo ao limite de 54% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Caso a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) seja classificada como estatal dependente, esse percentual pode ultrapassar o limite, acarretando sanções fiscais e restrições orçamentárias.

Previdência em Risco A situação previdenciária dos servidores municipais também é preocupante. O déficit atuarial ultrapassou R$ 3 bilhões em 2023, e o próximo prefeito terá que adotar medidas urgentes para equilibrar as finanças, incluindo a implementação de alíquotas suplementares de contribuição. Além disso, os atrasos nos pagamentos das contribuições previdenciárias agravam ainda mais a situação, colocando em risco o futuro das aposentadorias.

Este panorama traça um cenário desafiador para a administração de Goiânia, que precisará de planejamento e gestão eficiente para enfrentar esses problemas e garantir um futuro sustentável para a cidade.

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