Preços dos Tomates Disparam em Goiás sem Explicação Natural, Afirma Especialista

Quem gosta de preparar uma boa salada ou um sanduíche natural tem enfrentado dificuldades nos últimos tempos. O preço do tomate, um dos ingredientes mais usados na culinária brasileira, está atingindo valores absurdos, com o quilo variando entre R$ 2,75 e R$ 12,99.
De acordo com um levantamento recente do Procon Goiânia, o tomate lidera uma lista de 20 itens de hortifruti com as maiores oscilações de preço. As cinco maiores variações registradas são: tomate (372,36%), jiló (de R$ 2,99 a R$ 13,99), quiabo (de R$ 2,99 a R$ 11,99), cenoura (de R$ 1,99 a R$ 7,69) e repolho (de R$ 2,59 a R$ 9,69).
Daniele Lima, engenheira agrônoma e extensionista do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural de Goiás (Emater-GO), esclareceu que essas altas não têm relação com fatores climáticos, como em anos anteriores. “Normalmente, a produção é afetada por chuvas, doenças e outros fatores. Este ano, nossas hortas estão ótimas, mas o preço está elevado”, afirmou.
A especialista expressou preocupação com a falta de justificativa racional para essas variações, especialmente no caso do tomate. “Acredito que o próprio mercado está inflacionando os preços. Para o produtor, o valor não é alto, mas os comerciantes estão abusando”, disse Daniele.
Ela relembrou que situações semelhantes já ocorreram, como em dezembro de 2023, quando as altas foram atribuídas a fatores mais concretos. “Isso desmotiva o produtor, mas precisamos deles. Devemos incentivá-los a continuar plantando, pois são eles que alimentam a nação”, enfatizou.
Para driblar os altos preços do tomate, Daniele sugere alternativas como pimentão, cenoura, abobrinha, beterraba, berinjela e pepino. Além disso, recomenda comprar diretamente dos produtores nas feiras, onde é possível encontrar preços mais acessíveis.
“Valorizar as feiras pode ser uma boa forma de economizar, pois os feirantes costumam oferecer preços melhores”, concluiu.