Operação da PF resulta na prisão de advogado do Solidariedade; defesa alega “ataque à advocacia”
A Operação Fundo do Poço, deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira (12), resultou na prisão de Eurípedes Gomes Júnior, presidente nacional do Solidariedade, além de outros três membros do partido e do advogado Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena. A defesa de Bruno, representada pelos advogados Júlio Meirelles, Guilherme Augusto Mota Alves, Karoline Pena e Danilo Vasconcelos, afirma que a prisão é um “ataque à advocacia”, visto que sua relação com os investigados era estritamente profissional.
Segundo os advogados de Bruno, as acusações contra ele referem-se exclusivamente ao recebimento de honorários advocatícios por uma representação legal bem-sucedida no Supremo Tribunal Federal (STF). Eles defendem que os honorários foram recebidos em conformidade com a prática legal e que os valores estão de acordo com o trabalho realizado.
Bruno Pena atua como advogado de Eurípedes e do partido Solidariedade há mais de uma década. A defesa destaca que sua relação com os envolvidos sempre foi focada na prestação de serviços jurídicos, e expressa perplexidade com a prisão, reiterando que a conduta do advogado não deve ser confundida com as ações de seus clientes.
Investigações da PF
A investigação da Polícia Federal apontou indícios de uma organização criminosa responsável pelo desvio de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral. Esses indícios surgiram a partir de relatórios de Inteligência Financeira e da análise de prestações de contas de supostos candidatos.
A defesa de Bruno Pena afirma estar tomando todas as medidas legais necessárias para contestar a prisão e esclarecer os fatos, confiando que as instâncias judiciais reconhecerão a legalidade das ações de Bruno. Os advogados reforçam o compromisso de defender os princípios do estado democrático de direito e a garantia da advocacia contra criminalizações indevidas.