Biomédica Suspeita de Aplicar Substância que Matou Modelo em Goiânia é Presa
A biomédica Grazielly da Silva Barbosa, suspeita de aplicar uma substância que resultou na morte da modelo e influenciadora Aline Maria Ferreira, foi presa em flagrante pela Polícia Civil de Goiás. A prisão ocorreu em razão de crimes contra as relações de consumo, já que a clínica onde Grazielly atuava não possuía alvará sanitário. A Vigilância Sanitária foi acionada e o local foi interditado.
Detalhes do Caso
Aline, de 33 anos, passou por um procedimento estético em 23 de junho. Segundo a família, o procedimento envolveu a aplicação de polimetilmetacrilato (PMMA) nos glúteos. Poucos dias depois, Aline começou a apresentar sintomas de uma infecção generalizada.
Após a intervenção, Aline retornou para sua casa no Gama e começou a sentir febre e dores abdominais. A família entrou em contato com a clínica, que recomendou apenas um analgésico para dor de cabeça. No dia 27, a modelo desmaiou e foi levada pelo marido para um hospital particular.
Investigação e Prisão
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) descobriu que Grazielly não possuía registro profissional no Conselho Regional de Biomedicina de Goiás. Durante a visita de Grazielly ao hospital, onde Aline estava internada, ela alegou ter usado um bioestimulador em vez de PMMA e sugeriu que a infecção poderia ter sido causada por lençóis contaminados na casa da vítima, versão que foi refutada pela família.
Consequências e Ações Legais
A prisão de Grazielly Barbosa destaca a importância da regulamentação e fiscalização em procedimentos estéticos. A falta de alvará sanitário e de registro profissional agrava a situação, levantando questões sobre a segurança e a legalidade de práticas realizadas em clínicas não regulamentadas.