Aumento no Número de Empresas de Construção em Goiás Contrasta com Queda nos Salários - Jornal Momento Goiás
7 de dezembro de 2024

Aumento no Número de Empresas de Construção em Goiás Contrasta com Queda nos Salários

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IBGE revela que, enquanto empresas do setor crescem, remuneração média registra segundo menor valor desde 2007

O setor de construção civil em Goiás tem apresentado um crescimento significativo no número de empresas em atividade. Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 4,3% no total de empresas do setor com cinco ou mais funcionários, alcançando a marca de 2.471 unidades em 2022. Este é o maior número registrado desde o início da série histórica em 2007, conforme apontam dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do aumento no número de empresas, os trabalhadores do setor têm enfrentado uma diminuição na remuneração média. Em 2022, o salário médio dos trabalhadores da construção civil em Goiás caiu 2,4% em relação ao ano anterior. Com isso, a média salarial foi de 2,13 salários-mínimos, sendo o segundo menor valor desde 2007, ficando à frente apenas do valor registrado em 2020, que foi de 2,09 salários-mínimos.

Descompasso entre Crescimento e Remuneração

O levantamento revela que os gastos totais com salários, retiradas e outras remunerações no setor somaram R$ 2,4 bilhões em 2022, representando um aumento de 15,1% em relação ao valor registrado em 2021, que foi de R$ 2 bilhões. No entanto, esses números não foram ajustados pela inflação, o que pode distorcer a real evolução do poder de compra dos trabalhadores.

A discrepância entre o aumento no número de empresas e a queda na remuneração média aponta para um descompasso no mercado de trabalho do setor. Embora mais empresas estejam em operação, a pressão para redução de custos e a busca por competitividade parecem estar impactando negativamente os salários.

Desafios para o Futuro

O cenário revela um desafio para o setor de construção em Goiás: equilibrar o crescimento do número de empresas com a valorização dos trabalhadores. A queda nos salários pode refletir em menor atração de mão de obra qualificada e, consequentemente, em impactos na qualidade das obras realizadas.

Para empresários e gestores, torna-se crucial buscar formas de otimizar custos sem comprometer a remuneração justa dos trabalhadores, garantindo assim um ambiente sustentável para o crescimento do setor.

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