Advogado Candidato a Desembargador em Goiás é Preso por Fraudes em Decisões Judiciais - Jornal Momento Goiás
7 de dezembro de 2024

Advogado Candidato a Desembargador em Goiás é Preso por Fraudes em Decisões Judiciais

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Um advogado que concorreu ao cargo de desembargador em Goiás foi preso durante uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal, acusado de envolvimento em fraudes em decisões judiciais. A investigação aponta que o esquema desviou quase R$ 5 milhões de contas de idosos e pessoas falecidas, utilizando empresas de fachada.

De acordo com o mandado de prisão emitido pela 4ª Vara Criminal de Brasília, Dimitry Carewuta Jucá é suspeito de integrar uma organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro. O processo contra ele está no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e não há advogado habilitado em sua defesa. O sistema de consultas públicas do TJ confirma que Dimitry está preso.

Os outros investigados no caso são: Marcela Adriana Arca dos Santos, Yuri Pinto Soares, Christiane Brandão de Figueiredo, Aderaldo Junior de Queiroz, Fagner Lima da Silva, Siguel Nogueira Araki, Breno Alexandre Modolo, Raphael Cesar de Oliveira Santos Souza e Jurema Jucá da Silva (mãe de Dimitry). As defesas dos investigados não foram localizadas para comentários. Os mandados de prisão são temporários.

O pedido de prisão foi expedido pelo juiz Aimar Neres de Matos no dia 9 de julho e cumprido na quarta-feira (17) durante a operação Mala Fides. A decisão ressalta que a prisão é fundamental para o andamento das investigações e preservação de provas.

Esquema de Fraudes

As investigações revelaram uma suposta organização criminosa formada por advogados e empresários que usavam empresas de fachada para lavar dinheiro. Em 2023, um golpe no Paraná resultou em prejuízo de quase R$ 1 milhão ao patrimônio de uma mulher. Outro membro do esquema desviou quase R$ 3 milhões de um homem falecido em 2014.

Segundo a Polícia Civil do DF, os advogados envolvidos representavam tanto o autor quanto o réu das ações judiciais, simulando acordos que eram homologados judicialmente. Quando os pagamentos não eram feitos voluntariamente, indicavam contas bancárias para o bloqueio dos valores.

O grupo ajuizava ações judiciais falsas, usando procurações, comprovantes de residência e promissórias forjadas, com valores entre R$ 500 mil e R$ 100 milhões. As vítimas, geralmente idosos ou pessoas já falecidas, tinham seus patrimônios mapeados pelo grupo criminoso.

Além do advogado de Goiás, outros 10 mandados foram cumpridos em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Seropédica (RJ).

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